Quanto mais fumaça, mais cor eu vejo
Eu escrevo sobre emoções retrógradas de um coração trabalhador. E quanto mais fumaça, mais cor eu vejo, mais fácil eu choro.
Eu escrevo triste, e a tristeza que motiva também facilita minhas felicidades instantâneas cada vez mais freqüentes. E quanto mais triste, mais só, melhor administrada é a felicidade que sinto, apurado o ângulo da câmera, até nesse cenário inóspito, nessa solidão irremediável, no fundo dessa garrafa vazia.
Adianto meus pesares nostálgicos ao teorizar que, inevitavelmente, não me arrependerei de nada. Sou feliz por saber que terei saudades.
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