Venham!
Venham leis e homens de balanças, mandamentos daquém e dalém mundo.
Venham ordens, decretos e vinganças, desça o juiz em nós até ao fundo.
Nos cruzamentos da cidade, brilhe, vermelha, a luz inquisidora.
Risquem no chão os dentes da vaidade e mandem que os lavemos à vassoura.
A quantas mãos existam, peçam dedos para sujar nas fichas dos arquivos.
Não respeitem mistérios, nem segredos, pois que é natural nos homens serem esquivos.
Ponham livros de ponto em toda a parte, relógios a marcar a hora exata.
Não aceitem outra arte, que não sejam inquérito, local e data.
Mas quando nos julgarem bem seguros,cercados de bastões e fortalezas, hão de cair em estrondo os altos muros. e chegará o dia das surpresas.
1 comment:
Ele é para o meu intelecto como uma daquelas barrinhas de chocolate de menta que a gente encontra na cama, antes de ir dormir, nos hotéis, sabe? Uma satisfação que beira o absurdo.
Beijos
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